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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Motivação de um Líder Influenciador

Antes de entendermos a motivação em si e suas origens, precisamos entender o que é um líder. Não entenderemos a causa (motivação) se não visualizarmos o efeito (liderança).

Então, o que é liderar? Muito diferente do que alguns pensam ou idealizam, o líder é alguém que consegue incentivar, exercer autoridade e extrair resultados positivos das pessoas, da sua equipe.

Liderança é o exercício constante do líder em influenciar pessoas em uma missão. O líder, principalmente, é o que consegue influenciar pessoas; e não, necessariamente, esse influenciador é a pessoa que está no “poder”, mas que exerce autoridade na equipe. Muitas vezes, determinados membros da equipe influenciam mais e exercem maior autoridade do que o líder constituído.

Líder idealiza, orienta, dirige, exige, disciplina, delega tarefas, recompensa, corrige o foco, visualiza horizontalmente (estou preparando um texto sobre a visualização horizontal do líder).


Entendendo o papel do líder, podemos compreender a necessidade, importância e resultados da motivação para o líder.

É bem verdade que ninguém inicia nenhum trabalho sem motivação. E mais ainda: não se continua nesse trabalho sem a automotivação.

Motivação é um elemento catalisador das nossas ações que se origina e se desenvolve interna ou externamente. A automotivação é um catalisador da motivação, e só ocorre internamente. A automotivação é mais importante do que a motivação, pois sendo ela interna, inerente ao líder, a tendência é ampliar-se ao ponto de se exteriorizar, refletindo no tipo de liderança que ele exerce sobre as pessoas.

Porque muitos, até tentam serem “bons líderes”, entretanto, exercem uma péssima liderança, justamente por conta das motivações erradas que influenciam nas suas ações?

O que deve motivar um líder?

Analisaremos, de forma objetiva, 3 tipos de motivações que o líder deve ter, para que a sua liderança seja considerada inovadora, cativante e influenciadora.

1. A Motivação do Amor


Quando falamos em amor, não é um amor banalizado, ou mascarado; não é um amor recorrente. Mas, um amor verdadeiro; constante. Sem demonstração de amor, não haverá seguidores.
Esse amor é demonstrado em várias atitudes tomadas pelo líder Vejamos:

1. Quando o líder demonstra que ama o que faz. Ninguém é influenciado por um líder que não gosta do que faz; alguns amam apenas a função, não a execução; apenas o título, não o trabalho.
2. Quando o líder demonstra amor pelos liderados não apenas na “execução da justiça”, “no favor exercido”, mas, também, no dia-a-dia; constantemente. Não será amor verdadeiro se apenas for demonstrado na hora da disciplina, da punição. É hipocrisia. O amor é uma fonte de vida; é constante e transbordante.

No meu livro “Liderança Eficaz e Motivação de Pessoas" fiz a seguinte observação:
“Um líder ama o que faz, ama o que é e, ama as pessoas. Um líder que não ama tudo isso não conseguirá manter uma equipe que gera resultados acima da média.”
3. Quando o líder tom o seu liderado como mais importante. No mesmo livro, comento:
“O líder não deve aproveitar as melhores oportunidades, atribuições e créditos para si próprio pois, o ponto crucial do desafio do líder é criar oportunidades de performance para seus liderados. Entretanto, também não pode abdicar de suas responsabilidades na pretensa “sugestão” de conceder oportunidades aos membros da equipe.

O amor é um exemplo de automotivação. Ele é desenvolvido internamente. Ninguém pode despertar esse sentimento – de forma verdadeira – em nós. E mesmo que desperte poderá ser apenas de forma passageira.

2. A Motivação dos Objetivos


Dividirei este item em dois fatores: a necessidade dos objetivos e a motivação baseada nos objetivos.

A Necessidade dos objetivos
Nenhum líder pode, ao menos, “sobreviver” se ele não tiver objetivos reais e definidos. Será como um cego guiando outros cegos. Ou definimos objetivos ou estaremos “perdidos”.

A Motivação baseada nos objetivos
É importante nós observarmos que quaisquer objetivos – ou pelo menos a maioria deles – que tenhamos a estabelecer, são delineados pela nossa própria expectativa de realização, tornando-se uma motivação interna na busca pela realização dos mesmos.

A necessidade da formulação de objetivos para qualquer líder é fundamental pois
a) demonstra dinamismo, agilidade e persistência para seus liderados, influenciando-os para realizarem determinada missão e
b) fortalece a liderança, pois sempre haverá uma automotivação para a continuação na busca pela qualidade do “serviço prestado”. Ninguém trabalha bem simplesmente porque o outro me obriga a isso; mas porque eu sinto a necessidade de faze-lo bem, e isso me realiza pessoalmente, em primeiro lugar.

3. A Motivação do Bem-Comum


Sócrates, de forma categórica, disse:
“Se imaginais que, matando homens, evitareis que alguém vos repreenda a má vida, estais enganados; essa não é uma forma de libertação, nem é inteiramente eficaz, nem honrosa; esta outra, sim, é mais honrosa e mais fácil: em vez de tampar a boca dos outros, preparar-se para ser o melhor possível.”
O líder que influencia – e não é influenciado – tem o bem-comum como um dos seus maiores e mais importantes objetivos. Ao contrário, o líder que se deixa influenciar – diga-se: pela estultícia, inveja, fofocas, etc. –, invariavelmente, o maior objetivo passa a ser o eu.

Todo líder deve ter como objetivos da sua liderança (citaremos alguns):
a) a qualidade de vida dos seus liderados
b) a harmonia entre os liderados
c) a mediação dos conflitos entre os liderados
d) o desenvolvimento das capacidades e habilidades nos liderados
e) a preparação dos liderados para a continuação da missão em longo prazo e
f) a integração dos seus liderados com outras equipes, criando uma “visão holística” da realidade.

Hoje, com o desenvolvimento da Área de Recursos Humanos, o pensamento globalizado, a evolução social e cognitiva do homem, as atuais necessidades de relacionamento interpessoal, torna-se imprescindível o desenvolvimento de uma liderança que tenha como objetivo a contribuição para o desenvolvimento do meio em que vive.

Com uma nova visão da gestão e liderança, não é mais aceitável líderes que apenas usam e abusam do poder recebido, mas sim, líderes que exerçam a autoridade adquirida, conquistada. Senão, o líder deixa de “influenciar” para a missão, passando a “convocar” para o objetivo.

Que sejamos líderes de verdade e não apenas “administradores do poder”!





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