“E estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. E disse: Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos” (Neemias 1.4b,5).
Neemias reconhecia que Deus era soberano e que, por isso, os propósitos divinos são absolutos, firmes e prevalecem sobre os planos do coração humano.
“Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor” (Provérbios 19.21 – NVI).
A infinitude do poder de Deus é uma demonstração clara da soberania dos seus propósitos. Ninguém pode contender com Ele. Ninguém pode questionar a Deus (Jó 16.21; Eclesiastes 6.10). Infelizmente, hoje vemos muitos querendo obrigar Deus executar a sua própria vontade egoísta, esquecendo-se dos propósitos divinos para sua vida.
Durante a saída do povo de Israel do Egito, quando eles estavam defronte do Mar Vermelho, sem uma saída aparente, o povo exclamou:
“Não é esta a palavra que te temos falado no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto” (Gênesis 14.12).
Moisés, porém, confiante, exclama ao povo, dizendo:
“Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre” (Gênesis 14.13).
Mas, qual o propósito nisso? Colocar o povo em uma situação de pavor tão grande a ponto de desejarem retornarem ao cativeiro? Deus queria apenas testar a coragem do povo? Não! O maior propósito de Deus era
- Mostrar ao povo israelita que eles não estavam sós; tinham um Ser Superior cuidando deles; guardando-os das adversidades.
- Executar o último juízo divino sobre aqueles que haviam escravizado e afligido o seu povo.
- Alertar às outras nações sobre o perigo de tentarem parar a execução do Seu propósito na nação que Ele mesmo escolhera para servi-Lo.
Qual tem sido a nossa atitude diante das adversidades? Ficamos desmotivados porque não entendemos o propósito de Deus? Tentamos recuar, ou até mesmo recuamos, quando as adversidades se abatem sobre nós, alegando que não estamos vendo uma solução?
Precisamos entender que nem sempre o sucesso que nós almejamos, é o sucesso que Deus tem para nos dá, porque o propósito dEle é soberano, e muitas vezes, por conta das nossas limitações, não conseguimos enxergar “um palmo à frente do nariz”. Algumas vezes somos egoístas a ponto de colocarmos em nossos corações que, se a benção não for para nosso proveito próprio, também não pode ser de mais ninguém. E tentamos usurpar o propósito de Deus.
Não desistamos! Mesmo que na frente tenha um mar de proporções gigantescas, sem um barco para atravessá-lo; mesmo que atrás de nós, nossos inimigos estejam se aproximando a ponto de nos devorar e ao lado rochedos que dificultam nosso escape. Mesmo nessa situação Deus está no controle, e ele vela pelo cumprimento do seu propósito soberano em nossas vidas.
“Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão” (Isaías 43.2a).
“Livraste-me das contendas do povo e me fizeste cabeça das nações; um povo que não conheci me servirá. O Senhor vive; e bendito seja o meu rochedo, e exaltado seja o Deus da minha salvação. O que me livra de meus inimigos - sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim, tu me livras do homem violento” (Salmos 18.43,46,48).
“Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido” (Salmos 91.7).
Que promessas mais animadoras e geradoras de motivos para continuarmos andando em busca do sucesso? São promessas de bênçãos sem igual! Tomemo-las como o propósito soberano de Deus para nós.
* Extraído do primeiro capítulo do meu novo livro A Motivação e o Sucesso do Cristão - Lições da vida de Neemias.
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